terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Deitada rolando na cama, ainda sem sono
Ainda pensando
Escondida aqui dentro, do mundo lá fora
Tento entender mais não sei que barreiras me separam das pessoas que lá estão
Certamente são apenas as grades do meu pensamento, do meu imaginário latente
Que foram construídas pelo meu medo, da minha insegurança
Não acendo a luz na ilusão que o sono chegue mais rápido
Mas não tenho certeza se isso funciona, é só uma tentativa
Penso em muitas coisas e o meu silêncio me insurdece
Aqui dentro, tudo que eu quero é apenas ter uma noite tranquila, sem interferências nem julgamentos.
O que quero é apenas curtir um momento meu comigo mesma
Mesmo que seja me desligando.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Álbum de fotografias

Quem é que disse que ainda não inventaram a máquina do tempo?
Olhando estas páginas, em meio a essas fotos, consigo visitar até o dia do meu nascimento
Ver pessoas que a muito não vejo,
Pensar em fatos que em minhas lembranças jamais ocorreram
Sentir cheiros
Lembrar das roupas e dos sapatos
Das atitudes e manias de um tempo que não voltará nunca mais voltará
Mais que ficarão para sempre protegidas por uma capa dura onde todos esperam que lá só haja pessoas felizes.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Construção

Quem é que inventou essa história de dividir
E se ao invés de dividir somar...
Pra que inventar?
Na minha concepção, rachar, só se for para pegar cada pedaço e conhecê-lo a fundo
É preciso louvar as diferenças e assim ser mais feliz
Respeitar ao outro
Respeitar a mim mesma
Respeitar o que eu fui e o que eu posso ser
Resgatar cada detalhe esquecido pela outra e construir um outro ser
Que pode ser eu ou pode ser você
Amar sem fronteiras, num todo
Como se nada pudesse ser destruído
Mais acreditando que seja o que for, tudo pode ser vivido.
E descobrir que a outra pessoa não é um objeto.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

A Coruja

Hoje eu ouvi uma coruja. Caraca! Que saudades!
Estava na minha própria mesa de trabalho, às 15h22, entre Goiás e Pernambuco, num dia de jogo a noite.
Que sorte! Confesso que viajei.
Enquanto torcia para ela não parar de cantar, fui tomada por uma alegria infantil, digna da menina que ganhou a primeira Barbie e que a muito não sentia.
Pude lembrar cada detalhe daquelas tardes silenciosas em que minha mãe tirava uma pestana após o almoço e eu ficava brincando sozinha, imitando as imagens que tinha visto no programa Meu Pé de Laranja Lima e que passava depois da Ofélia.
Vi claramente o avental de coraçãozinho azul que minha  mãe  usava, ornando com aquela blusa rosa com as mangas cortadas e a minha irmã brincando na garagem. Branquinha! Com o cabelo lisinho igual de índio, não fosse à cor clara, quase loira.
Já que estava dentro da antiga casa, resolvi fazer um tour e dar uma volta no passado.
Não havia muro separando a nossa casinha da casa do visinho que abrigava à coruja. Era apenas um pedaço de telha de amianto, acho. Sei que era muito enferrujado e no verão, perto dessa telha era muito quente, não dava nem para ficar perto dela.
Na área de serviço, havia um tanque e apenas uma máquina de lavar. Naquela época minha mãe ainda não tinha duas.
A cozinha era tão pequena quanto todo resto, mas era amarela. Achava graça! Gostava de amarelo, mas prá cozinha?
Uma mesa redonda com tamboretes. Se fosse hoje, certamente as mães não permitiriam que os filhos se assentassem neles sob o respaldo que eles não são seguros. Realmente caí deles algumas vezes, mais não morri, cresci!
Um corredor com um carrinho de bebidas, hoje seria chamado de bar.
No meu quarto uma beliche. Essa praga me atormentou a vida toda. A equação: muitos filhos e pouco espaço obrigava-nos a isso.
Na sala não dava nem prá brincar. Era tudo apertadinho! E havia um telefone bege de disco alojado no braço de um sofá. Na estante, alguma decoração de mau gosto, com alguns livros velhos, dicionários, um pato e um elefante. Essa era clássica! Nunca achei bonito mais em toda casa tinha um pato e um elefante. Cujo este último tinha que ficar com alguma parte que não me lembro qual é virada para rua para dar sorte.
Coitada. Acho que minha mãe naquela época não sabia o lado certo, porque sorte era a coisa que menos  se tinha.
No quarto do casal, móveis de madeira bem escura, que por seu tamanho desproporcional, obrigavam aos entrantes a se transformarem a adeptos do contorcionismo.
Porém com toda a pequenez era uma casa aconchegante. Mentira, rs... Era abafada mesmo!
Bons momentos aqueles!
Agora são 15h43, já não ouço mais a coruja. Será que ela foi embora?
Espero que ela volte. Pelo menos para eu agradecer, porque foi bom demais.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Quase 30

Há quem diga que sou meio louca e sabe o que é pior que ouvir isso? Ter que concordar!
Talvez seja porque sou muito grande, porque falo demais, porque tenho uma voz engraçada, porque pareço um boneco de Olinda... vai saber! Motivos é que não faltam.
Só que coincidência ou não, acho que agora esta "patologia" esta se instalando de vez. Sei lá, deve ser a crise dos trinta chegando.
Eu sei, eu sei... ainda falta um pouquinho (ufa) mais já tenho que me preparar física e mentalmente para este baque.
Podem dizer que parece desespero mais a lei da gravidade não tem a menor misericórdia, atua o tempo todo, então tenho que fazer minha parte e começar a tomar algumas medidas para minimizar este impacto.
Semana passada pensei em pagar alguém para correr pra mim, será que rola? É serio! Odeio transpirar e foi o método que achei para perder peso. Claro que não é só isso, também vou rezar para aquele conceito de osmose que aprendemos na escola se aplicar neste caso.
Pegadinha! Comecei academia. Tudo bem que vou uma vez por semana por enquanto, mas há casos que o que vale é a intenção.
Já usei Chronos e agora uso Renew. Não agora, agorinha, uso desde os vinte e dois anos os indicados para vinte cinco e agora já estou usando os indicados para trinta e cinco. É bom me precaver não é?! Os de trinta e cinco devem ter mais colágeno e isso pode ser minha salvação.
Não é que esteja insatisfeita mas já viram as meninas de dezesseis anos de hoje em dia? Elas tem corpão sarado, cabelos que disputam com o brilho do sol, unhas sempre feitas (duvido que saibam o que é lavar uma roupa) e uma conversa quase sempre imatura...
Graças a Deus! Ponto! Yes (dancinha da vitória)!
Na realidade acho que atuamos em áreas diferentes mais conviver com estes seres perfeitos perambulando por aí é um insulto.
Sabe mulheres de 30, fiquemos felizes! Sejamos tão originais quanto pudermos ser. Sejamos tão estressadas quanto quisermos ser e tão interessantes quanto consigamos ser.
Posso mudar de ídeia, mais acho que nosso diferencial nesta etapa da vida é justamente o que podemos oferecer: um bom papo, um carinho agradável, uma ótima companhia, uma gargalhada solta, uma carícia mais apimentada, um assunto inteligente e a garantia de que a gente "se garante" em qualquer situação.
Hoje ouvi a velha máxima de uma amiga da minha idade (mentira... na realidade ele já tem trinta, rs...) dizendo que "queria ter a cabeça de hoje quando ela tinha vinte anos". Anão né... aí fica fácil demais!
Sabe o que acho: A HORA É AGORA! Vamos nos adaptar com as ruguinhas, com uma leve flacidez no bumbum, aquela celulite na parte posterior da coxa que fez de lá morada eterna. Não vamos esperar fazer quarenta para dizer que o legal seria ter a cabeça de quarenta no corpinho de trinta. Vamos sofrer as mazelas das idades e nos deliciar soprando cada velinha, sejam elas qual forem e "hakuna matata".

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Partida

Tenho cada vez mais certeza que não sei lhe dar com a morte.
Não sei trabalhar com a possibilidade de alguém ir embora sem dar mais um abraço apertado, sem passar algumas recomendações, sem dizer o quanto que as pessoas que o cercam são importantes e sem dar o sublime adeus. Sem relembrar as coisas boas do passado, sem pedir perdão por alguns erros e chorar junto as lágrimas de desculpa. Sem dizer que tudo que aconteceu e foi dito foi verdade e foi muito bom, mais que infelizmente agora é preciso ir.
Vários planos, conquistas, projetos em construção...
Não pode ser normal ser simplesmente retirado daqui como se sua presença, seu corpo e sua alma jamais tivessem existido.
E o que dizer de quem fica?
Às vezes retirar alguém de outra pessoa é como se isso fosse uma multilação. Pode significar tolir o maior passo de uma vida, acabar com a risada mais bem dada.
Não consigo! Pra mim é sobre-humano e a morte continua não sendo uma coisa normal.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Naquele tempo

Hoje acordei com saudades de um tempo que não volta mais!
Saudades de quanto todo adulto ainda era muito alto, de quando eu só tinha uma calça jeans e uma blusa de ir à missa. Do tempo que sobravam aventuras, risos e amigos.
Naquela época todo mundo tinha milhões de amigos e o tempo limite de ficar na rua era até vinte uma horas, depois disso era cama.
Podíamos ser gordos ou magros, não precisamos saber falar inglês, os cabelos eram embaraçados, desidratados e uma buchinha colorida e relaxada resolvia todos os problemas.
Brincava-se de bola, corda, elástico, pipa, carrinho do irmão mais novo...
E era só aquilo ali! Isso bastava! Não havia muitos sonhos, senão de um brinquedo novo. Não existiam projeções de um futuro promissor, apenas a satisfação de ser feliz e aquilo era ser feliz.
Embora nem nos déssemos conta, era tudo mais leve, menos cobrança, sem preocupações de demonstrar o que não somos e não havia a necessidade de provar nada prá ninguém.
Talvez por isso a gente nem conhecesse a palavra hipocrisia.
Às vezes tenho vontade de voltar lá trás e olhar as coisas com a perspectiva que tenho agora. Como seria?
Dar mais valor a ter que arrumar cozinha apenas porque a mãe mandava, em responder "senhor" quando o pai chamava, nos meus joelhos ralados, na ponta dos meus dedões desconfiguradas. Em toda aquela rica pobreza, onde não importasse a marca de roupa que se usava, quem ganhava a queimada era sempre a mais respeitada.
Lá havia uma beleza que não consigo ver mais hoje. Talvez tenha perdido muito tempo daquela época querendo estar aqui, mais especialmente hoje queria muito poder estar lá.
Sentir a emoção de receber um papelzinho de bala (só o papelzinho) e se achar a tal, um frio na barriga por ser a personagem principal de um teatrinho que eu mesma escrevi e a frustração de não ser chamada para aquela apresentação de dança sob o pretexto que eu participava de tudo.
Todo esse mix de sentimentos e peripécias fizeram de mim o que sou hoje e bom ou ruim, é o melhor que posso ser e eu me orgulho muito disso!

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Segunda chance

Um dia alguém escreveu tudo que poderia e morreu!
Morreu porque ficou vazio. Disse tudo que podia, o que não podia, o que pensou e o que jamais imaginou falar.
Ficou liberto!
Desvencilhou-se dos nós e amarras e foi embora livre.
E matou muita coisa: o orgulho, o medo, a descrença.
E antes de morrer chorou!
Deixou que suas lágrimas esvaíssem suas inseguranças e angústias.
Aí viveu!
Ressurgiu leve, mais original e menos banal.
Como mortal, não pude entender, mas fatidicamente precisei admirar.
Admirar os destroços que foram refeitos, recolocados. Se tornando uma obra quase tão perfeita como aquelas feitas por Deus.
E foi Ele. Justamente Ele que deu forças para que das cinzas conseguisse renascer.
Aí ele louvou por entender que essa era a hora mais perfeita para recomeçar. Olhar para dentro de si e se desfazer dos lixos que poluíam sua alma e seu coração.
Se tornar mais límpido e digno para aproveitar o presente de poder recomeçar. Sem mágoas nem culpa, sem rancor e somente disposto a ser não como ator de um papel, mais como humano que erra, sofre e morre quantas vezes for preciso para sempre ser melhor.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Saia já daí!

Ai ai... isso vai soar frio mais eu acho uma graça!
Fico observando as pessoas nos seus relacionamentos, ou melhor, quando eles se findam.
Quanta dor! (Risos)
Não, não... não estou aqui para julgar a intensidade das coisas ou como elas deveriam ser, mas é "tragicômico" demais pra mim.
Tudo bem que sempre ouvi que era um iceberg, que sou racional demais e que todas as pessoas tem o direito de sofrer. Ok! Só que chorar um mês, um ano, uma vida?! Ah... paciência!
As pessoas vivem anos sem a outra aí de repente, fazem dela sua razão de viver, o ar que elas respiram e ficam dependentes.
Não entendo as pessoas que emergem em um sofrimento tão brutal que a sensação que se tem é que estão vegetando e parece que o fim do relacionamento lhe roubou a alma. Escolhem estar em um pântano umido e sombrio e se isolam neste ambiente ideal para alguém que queira posar de vítima. E não sabem que muitas vezes este flagelo que elas mesmas se propõem as machucam e deixam marcas muito maiores que o fim da relação. Esquecem que ainda sobrou um e que esse um tem que ser inteiro.
Mais do lado de cá, para quem está vendo o ser se afogar, por vezes não se sabe se é melhor rir ou chorar. Imaginem a cena: Socorro, socorro, me salvem! Mas não coloquem as mãos em mim!
Eu sinceramente (feliz ou infelizmente) não sei como uma pessoa abdica do direito dela de ser feliz apenas por acreditar e bota acreditar nisso que o outro um dia volte.
O que é isso?
O sol está iluminado lá fora, tem um monte de brotinhos e gatinhas saracuteando por aí. É como dizem: gente disponível é mato.
E tem de todo jeito. Mato grande, mato pequeno, mato gordo, mato gostoso (adoro), mato simpático, mato melancólico... Tá aí! Cara metade, alma gêmea!
No cúmulo do meu racionalismo eu digo: você vai ficar a vida inteira aí? "Panguando"? Esperando o "dementor", ladrão de alma voltar?
Pelo amor de Deus, vem pra cá viver. Saia do papel de vítima, assuma o protagonismo, arrancando aplausos e fazendo a massa vibrar.
Pode parecer meio homossexual mais jogue purpurina no seu caminho e descubra que você que você ainda sabre brilhar.
Assuma esse risco, já que tempo demais já foi perdido. Problemas, abandonos, frustrações todos temos mais faça deles um miojo: prepare-se, viva e sinta o que tem que ser sentido, faça a digestão e pronto! Tudo em 3 minutos. Tá bom, tá bom... podem ser três dias (risos).
Anime-se porque se ninguém lhe disse ainda, na maioria das vezes sofrer é opcional e você não sabe o que está perdendo aqui fora!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Além do não

Podia ter sido qualquer pessoa, mais ela foi a escolhida!
Via o mundo em preto e branco, não gostava de abraços, de barulho e não deveria gostar de desafios.
Era atenta e esperta. Falava alto, rápido e repetidamente. Tinha os olhos esbugalhados e azuis, tão azuis que iluminavam qualquer lugar.
Não conhecia o "não". Não sabia o que significava e nem no que implicava, e nunca se preocupou com isso.
Tudo bem que acho que o universo por vezes conspirava a seu favor, porque não era possível que existissem tantos anjos e tantas coinscidências. Mais para ela também isso pouco importava! O que importava era sempre ter as chaves para abrir qualquer porta.
Estudou muito! A seu modo claro. Vendo imagens, plantas e registrando todos os detalhes com sua mente geniosa. Não se humilhou com os insultos da escola, nem com os atentados aos seus projetos na faculdade. Criou métodos e máquinas que tornavam suas dificuldades mais suportáveis e virou doutora. E em meio as decepções com os seres humanos, escolheu os animais para salvar.
Na verdade não para salvar, mais tornar as mortes mais dignas porque via em todos eles além de bichos, almas.
Mais uma vez foi criticada, mais não era atingida por nada que permitisse!
ERA AUTISTA! Mais e daí? Era feliz!

Pessoas como essa nos insultam e nos obrigam a refletir sobre onde estão as dificuldades. Será que elas estão realmente perante nossos olhos ou estão do outro lado da pupila, dentro da nossa cabeça?
Pessoas que vencem o improvável e tem uma força incalculável de seguir nos deixam à margem da estrada pensando se tudo até aqui é correto e nos arrebatam com o questionamento: qual será meu medo de tentar?
Será que é porque alguém um dia não conseguiu e eu soube, alguém me disse que não seria possível e eu acreditei?
Nesta tempestade de informações, limitações, futilidades, correr atrás do que? Para que? Se as nossas buscas são na maioria por vaidade!
Hoje chego a conclusão que prefiro não saber porque sem saber, quem sabe não encontro um caminho mais real, com  menos pressões, influências, tendências e mais essência do que sou e do que posso ser. Afinal a fórmula eu já descobri: é só não saber o que significa um "não".

terça-feira, 21 de junho de 2011

Chegou para trabalhar com baton vermelho cereja intenso. Ou o final de semana havia sido muito bom ou a semana prometia.
Bem vi quando chegou e deixou escapar alguns olhares não tão despretenciosos. Se bem que, para a maioria dos homens qualquer olhar tem um conteúdo de malícia.
Sentou-se à mesa e abriu sua agenda, aparentemente começaria a trabalhar. Doce engano! Havia dias que, por seleção espontânea ou de acordo com o interesse, ela tirava para si. Talvez achasse que não ganhasse o suficiente ou simplesmente precisava de respirar de vez em quando.
Nestes dias "dela", ficava o tempo todo sorridente. Quem tinha a percepção mais aguçada claro que notava, porém ninguém ousava comentar.
Não sei porque os colegas de trabalho sempre respeitavam este momento. Certamente porque já estavam acostumados, ou pelo simples fato de aquilo tornar o ambiente mais agradável.
Passava o dia digitando rápido. Com aquele sorrisinho no canto da boca estava pronta para o ataque e sempre havia alguém no tronco para abate.
Mantinha sua agenda atualizada com possibilidades quase certeiras para assegurar que sempre que quisesse teria diversão de qualidade, é claro!
Naquela brincadeira de caça, encarava a tecnologia como sua melhor amiga porque todas aquelas ferramentas lhe traziam a possibilidade de encontrar novos mundos. E agradecia a Deus todo dia por alguém ter inventado o facebook.
Na realidade ela gostava mesmo de conhecer o novo, coisas, pessoas, desvendar mistérios... estava sempre pronta para experimentar e se reinventar conforme a situação e a demanda da personagem.
Tinha a certeza de que cruzar a linha do desconhecido lhe faria mais mulher. Que ser tão ousada era diferencial em relação aquelas carnes trabalhadas e expostas no orkut.
E tinha razão, embora provavelmente agradasse a um público mais seleto, diminuindo seu mercado de atuação, não se importava pois sabia que sua assertividade era boa e a estatística positiva.
Quando terminava "seu dia de trabalho", se sentia realizada! Fechava seu notebook, batia seu cartão e ia embora feliz.
Havia tido um dia produtivo, no balanço social estava ativa e isso fazia com que ela imaginasse que tivesse batido suas metas.
Era uma boa profissional mais também era gente e como mulher, precisava respirar de vez em quando!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Experiência

Já chorei igual a chuva
Já andei, já corri, já caí
Levantei muitas vezes sem imaginar qual seria o próximo passo
Fiquei em dúvidas de que sapato usar
Fui a festas
Dancei, sorri e me diverti
Ah! E me embebedei
Persegui a felicidade quando já era feliz e nem sabia
Já achei que era feliz e estava enganada
Aliás, fui enganada
Protestei e não fui ouvida
Já ralhei com muita gente e até com Deus
Quis saber só de mim
Depois pensei demais nos outros e me arrependi
Fui levada pelas emoções
Criei ilusões
Destruí esperanças e percebi que até ela morre
Senti dores profundas
Tive perdas irreparáveis
Passei por cima
Decidi ser mais eu
Dei mais valor a certas coisas
Aprendi...
Aprendi que muitas vezes o show nem acabou e a gente já pediu "bis"
Reavaliei e percebi
Muitas vezes não é o show... é a preparação, é o momento, o sentimento
Aceitei...
Todo mundo tem direito a novos começos, mais o que passou, isso não tem volta!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Amélia

Era tudo que todo homem queria! Bonita, gostosa, inteligente, bem relacionada e loira!
Tinha um bom emprego, era de família tradicional. Não tinha muitas posses, mas em matéria de carater, era uma das mais abastadas da região.

Despertava muito o interesse masculino, e com seu sorriso fácil e despojado, sinônimos da sua simpatia exalando pela pele, estava sempre pronta a servir.

E este era o problema. Servia demais! Sempre muito gentil era ela que se anulava em favor dos outros e adivinha? Homem adora isso. Ponto para ela!

Não era muito discreta porque isso ela não sabia ser. Ao contrário, chamar atenção e arrancar olhares alheios era seu esporte favorito.

Circulava, não... desfilava em meio a sociedade e um dia foi encontrada. Achada por um homem que queria exatamente este tipo de Amélia Moderna.

Queria conquistá-la e ela gostava disso. Fez de tudo! Conquistou a família, amigos, parentes, cachorro. Mais o coração da Amélia não arrebatou completamente. Ele inteiro, cheio de amor. Ela morna.

Talvez por falta de opção e coragem de dizer não, casaram-se. E foram felizes. Não por muito tempo! Na atualidade, em meio ao individualismo, o correto é olhar para o próprio umbigo. Amélia deve ter lido isso em algum artigo e acreditou veemente.

Aprendeu num "triz" a pensar somente no que te dava prazer imediato. E talvez por procurar, ela encontrou o prazer em seu caminho mais uma vez.

Encontrou novamente o ébano e sentiu o cheiro do desejo e voltou a perceber todos seus extintos. Extintos animais talvez, onde os prazeres do corpo superam a razão que já não existe. Onde o feitiço do aqui e agora, toma conta de todos os "porquês".

Amélia, foi amélia para mais de um homem, mais de uma vez. Só que cometeu o erro de ser tão amélia que deixou de ser ela para ser o outro e do outro.

Se envolveu tão intimamente que não teve escolha. O adultério, embora não gostasse dessa palavra, virou lema da sua vida.

Não entendia mais como as coisas aconteciam e só queria ser feliz se deliciando com o gosto do pecado um dia de cada vez.

Errada? Não dá pra saber...

Em tempo de crise moderna, Amélia vira Dona Flor e coração é terra de ninguém!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

O bom é ser feliz

Não quero ser uma pessoa apegada ao passado, nem muito preocupada com o futuro. Quero viver o presente!
Gosto do hoje, do sol que me acorda ou da chuva que me dá preguiça.
Gosto do cheirinho do café, de queimar a língua todo dia e de ouvir o pão fazer "crack".
Gosto de sentir e de tocar a minha própria historia, de olhar nos olhos das pessoas que ajudam a fazer meu dia e sorrir.
Sorrir....
Sorrir dos erros do passado, das mancadas do presente e das incertezas do futuro. Fazer o que se decidi me deliciar com as emoções e sensações?! E se a nostalgia as vezes me desperta até a adrenalina.
Não sei se sou mais ou menos feliz com isso mais creio que passar pela vida assim, tornam os fardos mais leves.
Também, na minha opinião, tanto faz o certo, eu quero é viver. Pra mim, o bom é ser feliz e mais nada!

quinta-feira, 31 de março de 2011

Atrasada

Acordou as 06h53 e pensou: "idiota"!
Sabia que iria se atrasar. Tinha que lavar o cabelo. Cabelo este que não era um presente de Deus, era comprado. Gastava cento e cinquenta reais de três em três meses para manter as madeixas lisas e já passavam quatro meses do último investimento. Ou seja, aquela luta diária estava muito pior nos últimos dias, aquela juba estava de doer!
Saiu correndo e foi tomar o banho abençoado. Rápido rasteiro!
Chegou no trabalho faltando oito segundos para vencer o horário, então pensou: eu sou demais!
Na sua sala, tudo no mesmo lugar. Comprimentou os "amigos", colocou seu óculos e começou o expediente matinal.
Ligou o computador, como de costume foi checar seus emails, durante o dia não havia tempo para esses luxos, o batido da lata era tenso!
Quarenta emails de spam: Que inferno! Não devo ter amigos, acho que estou afastada das pessoas, preciso voltar ao frevo!
Maldita hora que pensou isso, no antepenultimo email viu o nome de uma conhecida, mandando um correio sem titulo, mais não podia deixar de abrir, era curiosidade demais!
Abriu o email começou a ler e começou a chorar. Que isso! Não pode ser! Mais já! Nossa Senhora Aparecida...
Aquela conhecida, que mais parecida o cometa Ralley de tão rara que eram as notícias que chegavam narrava em detalhes o pedido de casamento do ex namorado a uma garota qualquer.
Já seria qualquer porque não a conhecia, mais a partir daquele minuto virou QUALQUER. Qualquer uma que ajudou a destruir a ilusão de um dia estarem juntos novamente.
Afinal, coitada! A Atrasada estava sozinha e a espera de um príncipe. Mentira! No fundo o que ela queria era que o ex vestisse aquela fantasia que vestiu um dia e fosse pedir de joelhos a volta.
Coitada denovo! Aquele homem varão, orgulhoso que só, iria um dia procura-la novamente, que dó!
Ahhh... mais não era tão coitada assim! Ela também tinha um pouco de orgulho próprio. Não ia engolir aquele sapo sozinha.
Desastradamente procurou o telefone dele, ia ligar de desabafar!
Ligou... ligou... ligou... ligou a tarde, ligou de madrugada e ele não atendeu. Devia estar com a nova amada.
E a nossa Atrasada... morreu de tristeza, morreu com tudo aquilo que podia ter dito ou ter feito. Atrasou-se novamente, onde oito segundos, não foram sufucientes para tentar consertar o tempo perdido.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Filhas da alma

Sempre achei que as palavras valem muito. As vezes mais que os próprios atos.
A maioria das pessoas pronunciam suas palavras em vão. Não as consideram como um trato ou um elo.
As pessoas jogam suas palavras por aí como se o que é pronunciado, pudesse ser semeado em qualquer lugar. E por isso, penso que perdem a propriedade sobre elas.
Considero que as palavras são filhas da alma e que a gente só fala aquilo que o coração está cheio.
Comprometedor demais não é? Eu acho!
Hoje não estou muito a fim de falar. Prefiro ficar com a minha boca fechada. Ainda não quero mostrar o que tem na minha alma. Prefiro digerir tudo primeiro. Tem coisas que primeiro você tem que resolver com você e depois com o mundo.
Se é que isso vai ter jeito!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Na tristeza...

Não sei se só sei escrever na tristeza, mais confesso que é nela que me revelo.
Confesso ser nela que percebo as fraquezas humanas e reconheço em mim as minhas.
Somente na extrema tristeza, sou capaz de aceitar que tenho dor, sou capaz de olhar para dentro de mim e sentir minha própria fragilidade,
Todos os dias somos afetados pelas mazelas dos relacionamentos, onde nem sempre o mais forte é quem tem razão e onde muitas vezes o que tem mais ouvido, mais humildade deveria ganhar.
Fico impressionada de ver como a felicidade alheia incomoda.
Eu devo ser de outro planeta porque para mim tanto faz.
Odeio injustiça!
Vitória de fragilidade!
Perdoa se não sou capaz de esconder o cristal da minha alma!

Quero

Eu não quero ter você
Se você não vier
E nem puder ser
Só quero você no amor e na dor
Se no amor, quando da dor
Você possa me cuidar
Só quero você para mim, se todo, se meu!
Despido de lembranças ruins
Coberto de desejos e de vontades
Quero você agora
E no momento, quando meu
Saber que tudo que acontece
Se dá pelo amor que me deu
Quero você para estar junto,
Dormir separado
Mais ter a certeza que sempre será amado
Quero você hoje, agora!
Sem pressa de ir embora
Com vontade de mim
Com saudades enfim
Com seu cheiro no ar
Com vontade de beijar
Quero você mais do que queria antes
Mais do que constante
Quero só e somente só
Se for para sempre

Escrito em 11/09

quarta-feira, 23 de março de 2011

Não mais amar

Lembrança maldita que me atormenta noite e dia
Se não posso te ter
Então para que te lembrar?
Aposto que queria me ver chorar!
Pode até ver minha dor
Porém jamais vai ouvir meu clamor
Para um dia voltar
Posso até morrer de solidão e de sofrimento
Mais tenho um alento
Tentei mais do que podia
Fiz tudo com maestria
Só que a sua hipocrisia
Não me deixou ficar!
Desejo sorte
Agora e no futuro
Para que um porto seguro
Você possa encontrar
Com sua distancia eu vou me acostumar
Não olhe para trás
Não sinta saudades
Sinta vontade
Da mulher que um dia
Você disse que nunca mais seria
A mulher para você amar

Escrito em 28/10/09

Poesia do tempo

Dizem que a poesia
Só mostra a magia
De uma dor profunda!
Sei que posso estar sofrendo
Mas afirmo que não estou morrendo
Sei que já pequei
em um dia pensar
que daqui a pouco isso tudo vai passar
Sei que posso caminhar
Não com as pernas
Porque agora sozinha eu quero VOAR
Acredito que nada é por acaso
e uma lição deste momento, eu vou tirar
Talvez seja o que todo mundo já havia visto
Tantos anos sem sentido
Bem isso não podia acabar!
De você vou continuar a lembrar
Agora não mais para sonhar
Mais para escrever
E para todo mundo ver
Que o que podia foi feito
E mesmo eu com tantos defeitos
Aceitei te amar
Para um dia você me deixar

Escrito em 30/11/09

País do Presente

Essa semana fomos agraciados com a fala do poderoso chefe de Estado Obama dizendo que o Brasil é o país do presente.
Concordo!
Concordo?
Acho sim que temos tudo para dar certo! Acredito que nossas riquezas naturais são ícones mundiais e que somos capazes de ser muito mais do que somos.
Mais será que somos? Será que nosso povo está preparado para carregar a nobre faixa de "PAÍS DO PRESENTE"? Ser referência mundial econômica, na educação, na tecnologia e na ciência?
Nooossa! Quero muito viver para ver isso!
Um país que tem a 7ª economia do mundo, uma das maiores áreas geográficas e talvez a mais abençoada por Deus ainda acredita mais no que está "lá fora".
Infelizmente ainda somos uma nação que não conhece seu real potencial. Que acha que só um sorriso no rosto abre todas as portas e resolve todos os problemas. Se fosse assim, o Smille era o ser mais bem sucedido do mundo.
Não quero fazer parte do percentual descrente do nosso Brasil. Mas se nosso povo não se conscientizar da responsabilidade desse papel..... sinto dizer, mais isso não vai acontecer!

Alguém

Alguém que me proteja
Que esteja comigo
Alguém que sorria comigo
Que chore também
Que veja o pôr do sol e ache lindo
Que me dê a mão, que me abrace
E quem sabe me conduza
Que me olhe nos olhos
Que fale a minha língua
Que goste do meu cheiro
Que faça parte do meu céu!
Que me deseje
Que me beije,
Que me dê prazer
Que me envolva
Me respeite!
Que me ame
Com um amor puro
Um amor de troca
Um amor de paz, um amor que faz
Que haja alegria e delícia
Enquanto a felicidade existir


Escrito em 03/08/10

terça-feira, 15 de março de 2011

Um dia vou escrever um livro!
Sempre disse isso. Dizia pra mim, claro! Se falasse isso com minha mãe ela iria rir. Aliás, quase todo mundo iria rir. Mais é serio!
Não estou dizendo que seja a melhor escritora do mundo, mais que tenho uma dificuldade danada de falar de sentimentos e como o papel aceita tudo, aí fica fácil.
Já tive vontade de escrever coisas e mostrar para amigos mais acho que eles não entenderiam. Talvez quem não me conheça, tenha mais dificuldade de me julgar. Posso não estar certa, mais quase sempre acho que tenho razão.
Mais agora, na era da tecnologia... para que livro? Ninguém gosta de carregar peso, nem nada que seja empoeirado.
Então por enquanto vou escrever aqui.
Não sei com que frequência, mas talvez sempre que quiser gritar, quem sabe aqui alguém vai me ouvir!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O amor também passa por TPM

Como diria uma amiga minha.... "tem dias que o dia é noite"!
Já sei, to careca de saber que isso é biológico e que só vai mudar daqui a alguns anos... mais paciência!
Quer dizer.. eu até tenho a tal da paciência, mais e o litlle?
Tenho dó, mais não dá pra fingir que não está acontecendo nada!
Ahhh e quer saber de uma coisa: tomar banho! Não dá para ser perfeita 24 horas.
Lavar, passar, cozinhar, ser amiga, amante......é coisa demais para mortais.
Aiiii... PACIÊNCIA!